O



Vulgo :
n substantivo masculino

a classe popular da sociedade; plebe, povo


Somos.

sábado, 17 de abril de 2010

No fundo somos o nada,
orbitando o vazio do espaço
Somos a ausência,
contaminando o vácuo
Somos o tudo reduzido do todo
somos o oco
somos....
somos nós todos.

Movimentos sociais - Rituais de Rebelião e Emancipação intelectual.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Antes que acusem-me reacionário, retrógrado ou similares, adjetivos cabíveis numa má interpretação de tal texto, defendo-me, antes mesmo das acusações; expondo e esclarecendo alguns pontos do post.

Este texto pode ser visto como uma extensão do texto anterior, ao utilizar o movimento ambientalista como exemplo percebi que não só ele, mas talvez quase todos outros movimentos sociais caberiam como um exemplo exato, naquilo que quero expor, o limite e até mesmo um possível mal que tais movimentos podem causar.

Não sou contra movimentos sociais, muito pelo contrário, creio que o direito de tais manifestações, são talvez as únicas armas pelo direito da igualdade que alguns grupos de "minorias" podem portar... o que evitaria uma total desigualdade e exclusão dos direitos civis tão aclamados pela constituição. Mas minha visão vai além, creio eu que as mazelas não são unicamente burocráticas, não é rabiscando numa folha de papel alguns dizeres que num passe de mágica uma ordem social deixaria de ser injustiçada, a pena pela homofobia, racismo, especismo, sexismo... não acabariam com tais preconceitos, o aumento do salário não acabaria com a pobreza e a punição de corruptos não acabaria com a corrupção... assim como o problema ambiental; aposto minhas fichas num problema de ordem social. Novamente: não um problema isolado e deslocado, uma anomia da ordem social, o cheiro de putridão que emana em formas de pré-conceitos vem da própria ordem social por inteiro, podre, estraga, com o prazo de validade vencido.

É em tal âmbito que procuro fazer a análise dos movimentos sociais respondendo duas principais indagações sobre suas essências. Em primeiro me indago: Seriam os movimentos de áreas, movimentos sociais o suficiente para mudar, ou corrigir, aquilo que se pretende ? seriam eles amplos o suficiente para de fato tocarem na raiz do problema ? ou seriam apenas corretivos momentâneos e superficiais ? Por segundo ponto tentarei responder à indagação: Não acabariam os movimentos sociais acarretando causalidade adversas às propostas ? até mesmo reforçando aquilo que se pretende banir ?

Para responder a primeira das indagações necessito mapear em primeiro lugar aquilo que os movimentos sociais combatem, admitirei aqui (apesar de saber da existência de outros gêneros) os movimentos que tentam de uma forma ou outro modificar, reformar, o pensamento da sociedade, como exemplo podemos citar: Movimentos GLBT, Movimentos Negros, Movimentos Feministas, Movimentos ao direito dos deficientes, Movimento ambientalista, Movimento de combate ao especismo, Movimentos em gerais contra pré-conceitos e direitos da "minoria". De uma forma geral podemos dizer que tais movimentos combatem o preconceito, ou uma idéia "errônea" (como a que somo senhores supremos do mundo e de todas as criaturas que nele habitam). Mas porque tais preconceitos são combatidos ? numa primeira e mais superficial análise somos levados a crer que tais idéias divergem com os interesses do grupo social que integra o Movimento, apesar de não ser totalmente verdadeira tal análise parte de um sentido lógico, afinal, movimento gay em sua maioria e principalmente em sua origem é formado por gays que defendem seus direitos, assim como o movimento feminista, que é formado por mulheres que defendem seus direitos (defendem a manutenção de seus direitos, a praticidade do mesmo, e não sua expansão), agrupando em sua maioria os ideais de tais Correntes de lutas, podemos resumi-las no seguinte: Tais Movimentos Sociais defendem em sua maioria uma modificação do pensamento coletivo, ou senso-comum, de tal modo que seus direitos (antes não respeitados) fossem atendidos, criando de tal forma um mundo mais liberal, tolerante e principalmente: justo. (Obs: É claro que tal análise foi porcamente feita, não levando em considerações diferenças entre grupos, seus ideais e etc... mas caso o fizesse tal texto ficaria massante e cansativo, e creio que o foco dele não seja numa critica aos mesmos movimentos e sim numa proposta de um novo movimento, logo, peço perdão ao fazer uma má análise).

A constituição (pelo menos aquilo que foi escrito) garante uma igualdade entre todas as pessoas, logo as lutas sociais são em vistas principalmente na aplicabilidade da lei, a manutenção da liberdade de escolha. A partir disso aponto o primeiro erro que enxergo em tais Movimentos, a restrição no seu único campo, se de uma forma geral todos lutam por uma mesma coisa... porque restringir a luta na sua própia causa ? sendo que a origem do mal é a mesma ? é óbvio que é necessário um foco de luta, mas isso não significa a total abstenção de ideais aparentemente distintos, diversas vezes movimentos GLBT são acusados de machismo, ou ao menos de não se importarem assim como ocorre ao inverso. Muitas vezes tais movimentos admitem o problema como uma forma isolada e não se dão conta da própia dimensão do mesmo.
Porém nem sempre tais movimentos defendem a garantia da lei, mas sim uma mudança do pensamento social, cabe-nos aqui um breve ensaio sobre o preconceito.

Vejo eu, o preconceito como uma simples forma de crença, algo que o senso-comum concorda, aceita como verdade absoluta sem um devido questionamento, a maioria das pessoas classificariam isso como tudo que é "feio" e hoje (ainda bem) moralmente contestado, mas se partirmos da definição dada por mim de um real pré-conceito, podemos identifica-lo em muitos casos, "rosa é cor de mulher"; "homem não chora"; "festa sem alcool não é festa"; "domingo é dia de descanço"; normas de etiqueta, até coisas ditas como nobres partem de um pré-conceito, a caridade; o bom samaritano; o humanitarismo, o patriotismo... tudo isso são exemplos de conceitos, idéias, já dadas socialmente e adquiridas pela sociedade em forma de aprendizado, seja escolar ou familiar... a maioria deles não existe uma razão ou lógica para serem adotados, apenas incorporaram o conceito de "bom", "nobre", "util" inerentemente à eles.

Uma segunda critica que faço aos movimentos é como eles articulam os preconceitos, sabendo que a raiz de tais preconceitos estão na admissão de idéias sem os devidos questionamentos, numa crença fundada na tradição no irracionalismo, numa submissão social, os movimentos se contentam muitas vezes em apenas combater a tradição com outra "tradição", tentar forçar uma idéia que "racismo não esta com nada", sem uma devida justificação, um racista tem que ser confrontado com idéias novas, argumentos, dados, não podemos apenas "podar" os preconceitos deixando as raízes vivas para crescerem uma árvore ainda maiores, como disse no post anterior... criar uma outra tradição, um novo hábito, a longo prazo criariam os mesmo problemas... é necessário a esterilização do campo do preconceito. Ja foi dito por muitas bocas sábias que idéias compartilhadas, a moralidade social e etc são fundamentais para garantirem a coesão social, evitando a fragmentação e atomoziação da sociedade, de fato, não contesto tal idéia, apenas levanto uma indagação: Adquirir passivamentes idéias, verdades e moral é o único modo de garantir a manutenção social ? (Mas isso é tema para outro post).

Vimos então que muitas vezes os Movimentos Sociais ao invés de combater preconceitos os invertem e tentam os preconizar do mesmo modo do preconceito. Agora nos cabe a segunda pergunta: Os efeitos causados por suas ações poderiam ser contrários aos almejados ? Criando assim um paradoxo ? Ao meu ver: Sim, e para argumentar sobre usarei o conceito de "rituais de rebelião" criado pelo antropólogo Africano: Max Gluckman.

Rituais de Rebelião, de maneira resumida seria um questionamento da distribuição numa ordem, sem contudo o questionamento desta ordem, ao contrário, uma afirmação da ordem. Seria eu protestar contra um rei, pedindo sua cabeça, sem contudo questionar a monarquia. Ao fazer isso, mesmo de forma indireta eu reforço a ordem monárquica.

O movimento negro por exemplo, ao invés de questionar a dicotomia entre raças, muitas vezes a reforça, apenas questionando sua hierarquia (como podemos ver no própio nome do movimento), se questiona o fato do branco ser "superior" ao negro, mas não o fato de existir uma diferença entre as raças, ao se dizer: "Somos todos iguais" se reforça o sentido que somos classificados de maneira diversa. Assim como o movimento feminista, que ao procurar e defender uma igualdade de tratamento reforça uma desigualdade sexual, "ser tratado igual ao homem" é admitir uma diferença entre gêneros, ser "tão capaz, ou mais quanto" é afirmar uma dualidade.
Mas no que isso influenciaria nos preconceitos ? Ao não modificar a ordem, apenas invertendo as pósições dentro de tal ordem, ainda se mantém o caminho aberto para uma negação da negação anterior. Para exemplificar, usarei algumas afirmações:

-"Os brancos são superiores aos negros" - Afirmação preconceituosa.
-"Os brancos sao iguais aos negros" - Negação da afirmação e manutenção da dicotomia
-"Os brancos não são iguais aos negro" - negação da negação, volta ao sentido inicial.

Isso não poderia ocorrer caso a ordem dicotômica fosse quebrada, se a classificação por raças não existisse, não existira racismo.

Chegamos então ao ponto final, onde entra a emancipação do pensamento ?
Pois bem, creio eu que a emancipação intelectual seja umc aminho alternativo e mais eficaz de não só combater o racismo, especismo, sexismo como muitos, se não, todos os males sociais.

A Emancipação Imtelectual seria o livre pensar, livre pensamento, seria o direito de alguém levantar a suposição que bem entender, da forma que bem entender sobre o que bem entender, sem sofrer qualquer tipo de repreensão moral, fisica e etc... todo tipo de preconceito nasce de uam impossição moral, isso afunila o pensamento social, eliminando crenças diferentes. Numa sociedade intelctualmente emansipada qualquer um criaria suas própias verdades, por mais que sejam compartilhadas, a diversidade delas não a deixariam que virasse uma moral, e por mais que um ou mais elementos continuem a pensar de maneira preconceituosa, tal preconceito nãoe xerceria influência como moral nas demais pessoas, não causaria problemas, pois, acredito eu, que de uma desordem moral, atomoização do pensamento, emanará uma nova ordem social, da tolerância, da racionalidade (mas isso será tema de outra postagem)

Enquanto movimentos sociais se limitarem ao seu campo, inverterem o pensamento, mantendo o preconceito, enquanto ainda forem intolerantes com qualquer outra forma de pensar, enquanto a totalidade do pensamento não for emansipada ainda sofreremos de muitos males sociais.

Da razão ao hábito - A questão ambiental.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

" Em pleno século XXI está cada vez mais evidente uma falha, ocorrida em algum determiado tempo, no processo de “evolução” social. Por mais que a ciência evolua, novos pensamentos surjam e os paradigmas se alteram, velhos pensamentos irracionais e crenças ainda povoam a sociedade, a xenofobia, o racismo, a homofobia, o sexismo, o especismo e tantas outras formas de pré-julgamentos, por mais que a base de tais pensamentos já estivessem sido descartada hà muito tempo pela ciência ele ainda povoa a mente social, como um verdadeiro vírus, uma forte crença que toma forma como uma verdade absoluta em sí, similar à crença divina que apenas toma respaldo por uma dúvida há tempos já sanadas e se alimenta do hábito para sobreviver, tais crenças além de gerarem a exclusão de indivíduos, divisões sociais inexistentes , preconceito, morte e guerras também se refletiram no mundo físico ou meio-ambiente. Foi preciso a destruição de algo alheio ao própio homem, algo que, o senso-comum atribua uma existência independente do homem, como árvores , rios , montanhas, ecossistemas, florestas, flora, faunas; serem destruidos para que o senso-comum consiga perceber algum erro na sociedade, porém tal percepção se mostrou específica ao tema ambientalista, milhares de ONG’s, grupos ambientais, e até mesmo (pasmem) empressas, se diziam comovidas pela destruição de nosso própio planeta , a ameaça de um aquecimento global e fim da vida como a conhecemos serviram de justificativa para uma reforma de hábitos, uma nova ordem de pensamento emergia sob as árvores abatidas, assim como a fênix, a razão humana renascia das cinzas de florestas incineradas, a crença barroca de que não passamos de atores insignificantes perante a grandeza e infinidade do mundo resurge das profundezas dos mares poluidos. Porém tal pensamento nada mais fez do que reproduzir aquilo que tantos outros também o fizeram anteriormente, breves e esporádicos anseios de razão, logo englobados e engolidos pelo senso-comum e consumismo, se transformando em nada mais do que um hábito, sendo praticado por sí só, adquirindo a velha credibilidade religiosa, esmagando a razão e aprisionando novamente o homem à ferros, aprisionando o homem à sí mesmo !

Tal lampejo de razão, causada pelo movimento ambientalista, como anteriormente disse, foi específico, não conseguiu compreender a dimensão da falha humana, não conseguiu relacionar o especismo e a crença do homem ser absoluto sobre a terra e outros organismos vivos, com outros tipos de pré-julgamento; não foram capaz de abrangir o pensamento, não compreenderam que todo tipo de idéia pré-concebida tinha uma mesma origem, se limitaram no fato isolado em sí, desconsideraram que assim como o problema ambiental, todos os outros males sociais que aflingem o homem, vem, se não, do própio homem, de sua crença irracional e idéias erráticas e absolutas e absurdas sobre o mundo."


Este texto faz parte de um texto maior que ainda escrevo, por se tratar de um tema isolado do texto original resolvi que postá-lo isoladamente não retiraria seu sentido...

Nos últimos tempos o fim dos problemas ambientas vem sendo considerado com a solução de todos nossos problemas, não só desacredito em tal afirmação como a inverto, a mudança dos "hábitos" em sí nada mais geraria do que novos problemas, a solução não está numa inversão de hábito e sim no fim de todos os hábitos, tomando em seu lugar ações não só racionais (até mesmo porque a racionalidade é relativa) mas sim ações críticas, responsaveis e não mera representações de ações como se vem observando... enquanto a sociedade alienar sua própia ação e sua própia existência os problemas não só deixaram de ser resolvidos, como tardarão a ser percebidos, o senso do "comum" na matéria humanaimpossibilida a compreenção de males sociais, aos olhos comuns é totalmente aceitável a hierarquia social, a submissão, a impossição de vontades... quando o homem para de pensar, para de evoluir, se aprisiona em sí mesmo !

Sobre...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sobre o teclado: minhas mãos;
Sobre a mesa: o computador;
Sobre as idéias: em vão...
Sobre o ano: o tempo;
Sobre a vida: o falecimento;
Sobre 2010: que seja bom;
Sobre o blog: agora com mais tempo...

Bom 2010 !
agora, de férias, postarei mais...

2 anos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

 Hoje "o Vulgo" completa 2 anos de existência... ou quase existência...já que anda muito desatualizado...

 Nesse ultimo ano, forma poucas, muito poucas postagens... no fim do ano passado me ocupei em estudar para o vestibular, e nesse ano em estudar para a faculdade... o tempo é escasso mas continuarei postando, no ritmo em que a faculdade permitir...
  Agradeço à todos que continuam lendo... e esperando posts... feliz dia da indepêndencia.. e... AVANTE VULGO !

Contra-revolução cibernética.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

  Quem acompanha meu blog (se é que alguém o acompanha) deve ter alguma noção de minhas idéias sobre a revolução cibernética, uma parte exposta no meu post: "A mídia somos nós.", mas a revolução em sí não se limita na retirada do direito à informação de poucas mãos, mas sim na criação de uma ampla rede de influências cibernéticas, onde desprovidos de nomes - pessoas cibernéticas poderiam criar um verdadeiro mundo utópico da liberdade, sem leis, sem dógmas, sem custos, sem status...  onde cada qual seria exatamente igual aos demais, variando suas capacidades e pensamentos, onde uma única célula desprovida de endereço poderia causar uma rebelião com pensamentos subvertentes, sem precisar necessariamente de apoio de uma elite (que na verdade se quer existiria), mas tal post não é a respeito da revolução (para entender melhor, veja autores como hakim bey ou Critical Art Assemble) mas sim da Contra-revolução.

   Sempre vi a revolução cibernética como algo inevitável, a web 2.0 não para de crescer, a internet criou vida própia, na minha ingênuidade realmente acreditava que derrepende uma bolha se estouraria e um vento de subversão arrastaria para a profundeza todo dogmatismo, pré-conceitos e materialismo da internet, acreditava que em cada canto ecoaria teorias libertárias (ou não) e que a internet viaria um celeiro de teorias pós-modernas.
   Tudo realmente é possível, as ferramentas já estão à caminho, a web ainda cresce, a facilidade em expor idéias é imensa, e nenhum mecanismo de controle ou monitoramento realmente eficaz foi implantado... porém, em minhas análises, ignorei uma importante variável, talvez a mais importante de todas: a sociedade.
   É com tristeza que analiso que os mesmos principios, de individualismo, o culto ao pessoal, ao material, levantados pela ascensão de idéias seculares no séc XIX, ainda continuam fortes... e a internet esta sendo usada justamente para a reafirmação de tais principios.
   A internet possibilitaria de se utilizar de um anonimato, se despregar do materialismo que é arraizado no nome... a internet possibilita a criação de teorias, exposição de opiniões, que juntamente com tal anonimato e abrangência, funcionaria como uma incrivel e perfeita ferramente de subversão.
   Porém o que vemos é justamente o inverso, a internet sendo utilizada como modo de manutenção de dogmas; apesar de muito tempo na estrada o "blogger" e outras ferramentas de blog nunca fizeram tanto sucesso como hoje faz o "twitter", uma ferramente que funciona basicamente para reafirmar seu nome, contar o seu dia, uma espécie de culto ao própio indivíduo,  com limitados caracteres o que impossibilita a expressão das idéias... assim como os fotolog, e o própio orkut (que apesar de conter grandes ferramentas como foruns de discução) é apenas utilizado para reforçar as mesmas idéias materialistas, pessoais e individualistas que já reinam entre nós por quase 2 séculos...
   Espero que esteja errado, mas vejo que apesar de toda ferramenta estar hoje acessivel, pronta para nosso uso, a sociedade prefere a manutenção de todo sistema atual, e que ao contrário do que achava a revolução cibernética não é apenas questão de tempo, e sim uma questão cultural... blogs estão sendo esquecidos, enquanto twitters de pessoas que aparecem na TV estão cada vez badalados... os meios mudam... mas os principios... infelizmente... continuam os mesmos.
    

Obamamania.

domingo, 31 de maio de 2009

   Yes, we can: diz milhares de cartazes, pixações, bonecos, bandeiras, bonés, camisetas, broches, canecas, canetas e milhares de outros produtos criados pela onda "obamamania", o mais novo presidente americano foi eleito com a promessa de não só resolver todas as tolices causadas por Bush, como também para enfrentar mais uma crise do capitalismo, prometendo... na verdade... nada muito diferente, quem acompanhou os debates presidenciais sabe que no fundo ambas as propostas eram ambiguias e pouco diretas e até certo ponto muito parecidas, Obama era o mais liberal (assim como todo democrata é mais liberal perto de um repúblicano) e McCain o mais conservador, mas ambos prometiam mudanças em relação ao governo Bush (ninguem seria idiota o suficiente para apoiar a política de Bush) mas no fundo ambos eram bem identicos, Obama o dito pacifista é contra a guerra no Iraque mas a favor do aumento de forças no Afeganistão... pacifista ou um bom estratégico militar ? ambos são conservadores, acreditam nas mesmas instituições como a família e a religião... acreditam em símbolos como o amor à bandeira americana (tanto que ambas as campanhas tinham como cores as cores da bandeira americana). 

   Mas se a politica de ambos eram tão parecidos porque Obama conseguiu a vitória de forma tão diferente ? criando tal mania que extrapolou a geografia americana ? Na verdade, ao meu ver, a Obamamania não foi um efeito da eleição e sim sua causa.
   Talvez por fatores históricos, como a colonização quase homogênia de puritanos, ou talvez por uma real "alienação" nacional, afinal, o EUA é o berço de todo o capitalismo e pragmatismo moderno regado ao materialismo, creio que seja tal alienação, incapacidade de re
lacionar alguns fatos ou até mesmo proibição de relacionar alguns fatos (resticios da guerra fria), incentivado por uma mídia praticamente homogênea e um ufanismo irracional, que tendem a fazer os estadunidenses a pensarem de forma quase homogênea.
   Admitindo que a democracia Americana é uma democracia competitiva, ou seja, é a competição entre os cargos politicos que cria a democracia (e não a vontade de fazer o bem), 
é de se esperar que um candidato a presidente fale justamente aquilo que seu eleitorado quer ouvir, afinal ele quer ser eleito, mas se a população é homogênea, o eleitorado de a
mbos é o mesmo, se espera então que ambos os candidatos digam a mesma coisa... então como ser "querido" entre o eleitorado ? se suas propostas (visando a eleição) são praticamente as mesmas ? Apelando para a iamgem pessoal, é fazendo uma boa imagem, frases fortes "Yes ! We Can !", usar imagens legais da família, do cachorro e discursos teatrais... parece familiar ?  
   A imagem de Obama não foi exaltada por ser o presidente do EUA e sim justamente o contrário, quem teria uma melhor imagem ? um velho com cara de conservador para mudar o estado ou um jovem negro e inovador presidente (ainda que conservador) para mudar o estado ?
aparentemente parece idiotice, para nós brasileiros, termos como boneco o Lula ou uma Dilma, mas para os americanos isso não só é essencial como é uma das únicas saídas para ter o apoio
popular, já que os dois únicos partidos realmente fortes para se ganhar uma eleição são tão parecidos.


   

 
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