O



Vulgo :
n substantivo masculino

a classe popular da sociedade; plebe, povo


Obamamania.

domingo, 31 de maio de 2009

   Yes, we can: diz milhares de cartazes, pixações, bonecos, bandeiras, bonés, camisetas, broches, canecas, canetas e milhares de outros produtos criados pela onda "obamamania", o mais novo presidente americano foi eleito com a promessa de não só resolver todas as tolices causadas por Bush, como também para enfrentar mais uma crise do capitalismo, prometendo... na verdade... nada muito diferente, quem acompanhou os debates presidenciais sabe que no fundo ambas as propostas eram ambiguias e pouco diretas e até certo ponto muito parecidas, Obama era o mais liberal (assim como todo democrata é mais liberal perto de um repúblicano) e McCain o mais conservador, mas ambos prometiam mudanças em relação ao governo Bush (ninguem seria idiota o suficiente para apoiar a política de Bush) mas no fundo ambos eram bem identicos, Obama o dito pacifista é contra a guerra no Iraque mas a favor do aumento de forças no Afeganistão... pacifista ou um bom estratégico militar ? ambos são conservadores, acreditam nas mesmas instituições como a família e a religião... acreditam em símbolos como o amor à bandeira americana (tanto que ambas as campanhas tinham como cores as cores da bandeira americana). 

   Mas se a politica de ambos eram tão parecidos porque Obama conseguiu a vitória de forma tão diferente ? criando tal mania que extrapolou a geografia americana ? Na verdade, ao meu ver, a Obamamania não foi um efeito da eleição e sim sua causa.
   Talvez por fatores históricos, como a colonização quase homogênia de puritanos, ou talvez por uma real "alienação" nacional, afinal, o EUA é o berço de todo o capitalismo e pragmatismo moderno regado ao materialismo, creio que seja tal alienação, incapacidade de re
lacionar alguns fatos ou até mesmo proibição de relacionar alguns fatos (resticios da guerra fria), incentivado por uma mídia praticamente homogênea e um ufanismo irracional, que tendem a fazer os estadunidenses a pensarem de forma quase homogênea.
   Admitindo que a democracia Americana é uma democracia competitiva, ou seja, é a competição entre os cargos politicos que cria a democracia (e não a vontade de fazer o bem), 
é de se esperar que um candidato a presidente fale justamente aquilo que seu eleitorado quer ouvir, afinal ele quer ser eleito, mas se a população é homogênea, o eleitorado de a
mbos é o mesmo, se espera então que ambos os candidatos digam a mesma coisa... então como ser "querido" entre o eleitorado ? se suas propostas (visando a eleição) são praticamente as mesmas ? Apelando para a iamgem pessoal, é fazendo uma boa imagem, frases fortes "Yes ! We Can !", usar imagens legais da família, do cachorro e discursos teatrais... parece familiar ?  
   A imagem de Obama não foi exaltada por ser o presidente do EUA e sim justamente o contrário, quem teria uma melhor imagem ? um velho com cara de conservador para mudar o estado ou um jovem negro e inovador presidente (ainda que conservador) para mudar o estado ?
aparentemente parece idiotice, para nós brasileiros, termos como boneco o Lula ou uma Dilma, mas para os americanos isso não só é essencial como é uma das únicas saídas para ter o apoio
popular, já que os dois únicos partidos realmente fortes para se ganhar uma eleição são tão parecidos.


   

Da ciência.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

  Tomar ciência, ficar sabendo, conhecer... eis a função da ciência e do método científico. No início do séc. XIX houve um grande "boom" da ciência... o homem passou a analisar e questionar todos enventos e fenômenos naturais e sociais e para facilitar tal análise surgiu o método científico, regras padrnizadas para tornar a ciência mais homogênia e objetiva, tirando a interpretação do cientista na elaboração de sua teoria, tornando assim a ciência uma interpretação positivista do mundo.

  Talvez tais métodos sejam aceitaveis para ciências já relativamente evoluidas como a ciência biológica e a química... porém o pensamento cientifico foi mais longe chegando ao mundo humano e social... se para a biologia o desafio da ciência é descobrir os "porquês" nas ciências humanas não poderia ser diferente, o homem passou então a procurar as razões para certos comportamentos humanos, o "santo graal" para pesquisadores sociais foi achar a teoria universal, para explicar certos fenômenos independentes de onde ocorrerem... foi nessa época que surgiu diversos ensaios e teorias explicando os mais diversos costumes e aspectos sociais... seja o suicidio pesquisado por Durkheim ou o incesto estudado por Lévi-Strauss (já na metade do séc. XX), ou ainda as diversas explicações do funcionamento democrático e da própia organização social...
  De uma forma ou de outra tais tentativas falharam, não porque seu autor não se aprofundou o suficiente em tal tema, ou não levou tal aspecto em consideração... mas sim pelo simples fato de não existirem regras universais, em nenhum sentido, ainda mais quando o elemento em estudo é o homem e suas relações... por mais que diversas vezes pareça ter dito o contrário, a mente humana é sim muito complexa e particular, seria impossível afirmar com toda certeza que tal sociedade age de tal maneira por váriaveiz X ou Y... por mais que hoje as pessoas se massifiquem e muitas vezes um único modo de pensar é homogêneo em quase toda sociedade, tais formas de pensar ainda se diferenciam nos mínimos detalhes, já que tal pensamento é de certa forma "abstrato" ou então "fictício" e tal elemento na verdade tenha um "vázio de pensamento"...
  Isso não impossibilita de forma alguma (e nem tira a importancia) os estudos sociais, tais pesquisas e teorias seriam de alta importância e até mesmo anti-alienantes, caso sejam interpretadas como uma das causas (entre as milhares de causas) que geram tais efeitos. 

Seriam os ricos possuidores de grande capital porque tiveram acesso à educação ? ou eles tiveram acesso à educação justamente porquê possuem grande capital ?

Os politicos se elegem para fazer políticas públicas ? ou fazem políticas publicas para se elegerem ?

  Ora, nenhum nem outro, ou então os dois... cada político é um ser racional que pensa e age de sua maneira, não respeitando "leis universais", assim como a evolução econômica de elementos sociais... em ambos os casos fica fácil a dedução que ambas alternativas ocorrem simultâneamente.
  É possível hoje, ver tais formas científicas de pensamento presentes no dia-a-dia, é comum em rodas de bate-papo o surgimento de teorias (as famosas teorias de bar) excludentes, o pensamento de "várias causas para um único efeito" ou ainda "várias causas para vários efeitos" não só atribui um caracter mais abrangente e tolerante da ciência como estimula novas descobertas e pesquisas afinal, o que seria mais interessante ? estudar um fenômeno com uma causa única definida e "imútavel" ? ou então um fenômeno de causas múltiplas aberto para mais teorias ?. Ao contrário do que prega a maioria, tal pensamento não gera subjetividade e sim uma "pluriobjetivade"... leis absolutas, universais e imutáveis simplesmente não existem. 
 


 

 
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